Presenciamos hoje uma total desqualificação dos espaços da cidade do Rio de Janeiro frente à crescente dualidade formal x informal. A cidade cresce seguindo uma lógica informal de produção de espaços que vai além de planejadores urbanos, políticos e empreendedores.
O poder público se mostra cada vez menos capaz de responder à demanda habitacional em uma cidade impregnada de desigualdades e em constante transformação.
A cidade sofreu na última década um esvaziamento de pólos industriais importantes, principalmente devido ao aumento da violência. Grandes fábricas e galpões abandonados surgem em diversos pontos da malha urbana carioca gerando espaços de conflito e atrofia urbana; freqüentemente alvos de invasões irregulares para a habitação.
Estes espaços industriais sub-utilizados representam um grande potencial para a revitalização dessas áreas, servindo como elementos-chave para a transformação de seu entorno imediato.
A presença desses espaços ao lado de favelas, forçando a população a ocupar áreas de risco nas encostas dos morros, representa uma das maiores contradições em uma cidade carente de moradia .
É urgente o desenvolvimento de novas estratégias traçadas sobre métodos formais e informais de produção habitacional e como estes poderiam ser articulados para uma requalificação da cidade do Rio de Janeiro.
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